11 de outubro de 2009

LIDERANÇA O QUE É?

Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados para que contribuam, voluntariamente, da melhor forma com os objetivos do grupo ou da organização.

Segundo Chiavenato, a Teoria das Relações Humanas constatou a influência da liderança sobre o comportamento das pessoas. Existem três principais teorias sobre a liderança:

- Traços da personalidade. Segundo esta teoria, já desacreditada, o líder possuiria características marcantes de personalidade que o qualificariam para a função.

- Estilos de liderança. Esta teoria aponta três estilos de liderança: autocrática, democrática e liberal.

- Situações de liderança. Nesta teoria o líder pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com a situação e para cada um dos membros da sua equipe.

Para Lacombe os líderes influenciam as pessoas graças ao seu poder, que pode ser o poder legítimo, obtido com o exercício de um cargo, poder de referência, em função das qualidades e do carisma do líder e poder do saber, exercido graças a conhecimentos que o líder detém.

Actualmente acredita-se que o líder tem de ter aquela "chama" que faz com que os outros o queiram seguir. A quem lhe chame carisma. Chame-se o que se chamar o líder demarca-se pelo servir e sobretudo pela forma como o faz.

No entanto conseguimos mesmo assim reconhecer vários tipos de liderança, ou traços fundamentais que a marcam como sejam:

- Liderança autocrática: Na Liderança autocrática o líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados.

- Liderança democrática: Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório.

- Liderança liberal: Laissez-faire é a contração da expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar".

Neste tipo de liderança o grupo atingiu a maturidade e não mais precisa de supervisão extrema de seu líder, os seguidores ficam livres para conduzir os seus projectos tendo na prática o poder delegado pelo líder liberal.

A liderança é um tema importante para os gestores devido ao papel fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da organização. Os líderes são responsáveis pelo sucesso ou fracasso da organização. Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário. Liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um ser vivo, dotada de colaboradores dos mais diferentes tipos que se queirem sintonizados e altamente performantes.

Dessa forma, pode-se definir liderança como o processo de dirigir e influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo. Porém, existem três implicações importantes nesta definição.

Primeira: a liderança envolve outras pessoas, o que contribuirá na definição do status do líder.

Segunda: a liderança envolve uma distribuição desigual de poder entre os líderes e os demais membros do grupo.

Terceira: a liderança é a capacidade de usar diferentes formas de poder para influenciar de vários modos os seguidores.

De facto, os líderes influenciam seguidores. Por este motivo, muitos acreditam que os líderes têm por obrigação considerar a ética de suas decisões. Apesar de a liderança ser importante para a gestão e estreitamente relacionada a ela, liderança e gestão não são os mesmo conceitos. Planeamento, orçamento, controlo, manutenção da ordem, desenvolvimento de estratégias e outras actividades fazem parte da gestão. Mas talvez se entenda melhor a diferença quando dizemos:
Gestão é o que fazemos. Liderança é quem somos.

Pode-se ser um gestor eficaz, um bom controlador e um gestor justo e organizado e, mesmo assim, não ter as capacidades motivacionais de um líder.

Entre os desafios apresentados por um ambiente extremamente mutável à escala global, é se os gestores que possuem ou não capacidades de liderança. Qualquer um que aspire a ser um gestor eficaz deve também se consciencializar de que tem de desenvolver suas capacidades de liderança.

Afinal, nascemos ou tornamo-nos líderes?
O leão é o segundo maior animal da espécie dos felinos, atrás apenas do tigre. O leão macho pode ser reconhecido pelo nome e chega a pesar mais de 220 quilos. Eles precisam de um clima quente e caçam em grupos. Na selva, os leões vivem por cerca de 14 anos, mas, em cativeiro, eles podem viver mais de 20 anos. Um leão macho precisa de algo em torno de 07 quilos de carne para sua alimentação diária. Em tempos difíceis e de fome, eles chegam até mesmo a atacar elefantes.

Os leões são predadores naturais e instintivos. São caçadores instintivos que começam a caça aos três meses de idades. Contudo, o leão não nasce sabendo. Apenas após uma experiência fracassada, seguida por outro experiência também fracassada é que ele se torna apto para caçar. Isso é interessante: eles não se tornam experts na caça até que alcançam os 02 anos de idade. Pense nisso. Eles são caçadores naturais e instintivos, mas tem que praticar vez após vez, até desenvolver a habilidade da caça.
O melhor dos melhores tem que desenvolver até aquilo que lhe é natural para ficar bom no que faz.
O desconforto é a semente da excelência.

“Ser um líder começa com o entendimento da sua própria identidade, não com a conquista de alguma.”

IDENTIDADE DO LÍDER

1Reis 19:15-21 e 2Reis 2: 1-14

Todo e qualquer empreendimento humano, para ser bem-sucedido e obter êxito, necessita de liderança eficaz que, de forma competente, conduza seus liderados à conquista dos objetivos traçados. Por essa razão, os que se destacam em suas áreas de atuação se tornam respeitados e requisitados. No mundo da pós-modernidade existe uma demanda muito forte por este tipo de pessoa que aprendemos denominar de LÍDER. Como poderíamos definir um líder?

Houaiss, em seu dicionário, nos oferece uma boa definição: Líderes são aquelas pessoas cujas ações ou palavras exercem influência sobre o pensamento e o comportamento de outras pessoas.

Deus, em sua soberania e por seu conhecimento de todas as coisas, sempre proveu a seu povo de homens e mulheres que se destacaram como líderes eficientes. Alguém disse com muita propriedade que “líderes não nascem prontos e sim são formados”.

Sobre este importante assunto gostaria de que, com base no ministério do profeta Eliseu, aprendêssemos como Deus forma um líder.

Eliseu foi um homem de muitas façanhas em seu rico e poderoso ministério. Mas, ao observar seu ministério, o que mais me chama a atenção é o seu tempo de aprendizado.

Vejamos um pouco de história: Elias foi um profeta de Deus em Israel no século IX aC. Em dado momento, em seu ministério, o Senhor determinou a ele que ungisse a Hazael como rei da Síria, a Jeú como rei em Israel e a Eliseu como profeta em seu lugar.

Ungir tem um sentido especial na Bíblia, significando separar para o serviço de Deus.

Ao determinar a unção de Eliseu, Deus deu início a um processo em sua vida que culminaria em seu ministério profético.

A grande lição que podemos tirar para nós deste episódio é que tudo tem um começo, um meio e um fim.

Tudo começa com o chamado de Deus. A isso temos denominado de vocação. Deus é a fonte de toda chamada à liderança no meio do seu povo. Foi Deus quem tomou a iniciativa de mandar ungir Eliseu.

A seguir, o chamado é revelado por um agente, que poderá ser o Espírito Santo, uma palavra profética, uma experiência sobrenatural, um fato, um despertamento espiritual ou uma escolha por parte de uma autoridade espiritual, como no caso de Elias a Eliseu. Eliseu recebeu o chamado através do profeta Elias (v.19). Elias foi o agente.

O chamado do líder tem duas fases:

A instantânea – É o que nós chamamos de revelação do chamado de Deus. Foi a ação de Elias em relação a Eliseu ao colocar em seus ombros a capa de profeta que só seria efetivamente sua onze anos mais tarde.

A progressiva – É o período que vai da chamada até o ministério profético.

O processo da formação passa por três estágios:

Desafio – Eliseu foi desafiado por Elias a servir a Deus. Apesar do contato com o profeta Elias, Eliseu não seria obrigado a se desvencilhar de tudo para seguir o chamado de Deus.

A opção – Deus conscientizou a Eliseu através do toque da capa de Elias. Ocorre aqui o que chamamos de batalha. Essa “batalha” acontece na mente daquele que recebe uma comissão para o trabalho de Deus. É uma fase muito importante, pois do resultado desta virá a decisão por aceitar ou não o chamado de Deus.

A decisão – O chamado vai implicar em profundas mudanças na vida, exigindo uma “decisão”, que é a opção de assumir o compromisso de se colocar à disposição para a atuação o Espírito Santo na condução do processo de formação do caráter do líder.

Deus forma a identidade do líder – A formação da nova identidade é um aspecto tão importante ou ainda mais que a própria vocação.

Eliseu era lavrador e cuidava de bois (v.19) – Essa era a sua identidade. Para entendermos um pouco melhor basta fazer uma experiência. Todas as vezes que lhe perguntavam sobre seu oficio ele respondia: lavrador e boiadeiro. Conosco também é assim: para se saber a nossa verdadeira identidade basta responder esta simples pergunta. Na mente de Eliseu só havia terra e boi.

A atitude em relação à formação da nova identidade é determinante na chamada do líder: ela acelera ou retarda a geração da nova identidade. (Mt 8:19-22)

Eliseu adiantou seu processo quando abriu mão dos instrumentos que o ligavam à sua velha identidade, ficando assim mais fácil a assimilação de seu chamado profético que, a partir de então, seria sua nova identidade.

Vamos observar um exemplo: Davi e Saul. Ambos tinham a unção de rei, mas Saul foi reprovado. A diferença é que, enquanto Saul só conseguia pensar em si, sua posição, seu reino e prestígio perante os homens, o coração de Davi sempre se inclinou para Deus.

Eliseu serviu Elias não para tomar o lugar do profeta e sim buscou a mesma unção ministerial. A isto chamamos de caminhar juntos.

Eliseu tomou Elias por seu referencial de vida e de liderança, buscando aprender o caminho para ser um profeta de Deus e, para isto, não deixava Elias nem de dia nem de noite. Ele compreendeu que não havia como ser profeta sem a unção de profeta, v.9, 10.

Eliseu estava resolvido aguardar o seu tempo e, para isso, perseverou em servir a Elias até a ocasião própria de receber das mãos do próprio Elias a capa de autoridade ministerial. Aprendeu a servir dentro do objetivo, sem ultrapassar o limite de Deus em sua vida e, com isso:

Eliseu obteve a unção ministerial por mérito, pois cumpriu o propósito do seu chamado.

Recebeu a unção e o ministério profético ao ver o profeta subir aos céus e acolher seu manto como credencial de Deus para sua vida, assim vencendo o desafio de esperar o seu tempo e o tempo de Deus para si. Como conseqüência, tornou-se um líder reconhecido e de êxito.

Conclusão

Diante do que vimos, podemos fazer algumas afirmações:

A chamada de Deus não tem limites de cumprimento na vida do homem de Deus.

Se quisermos ter êxito como liderança na casa de Deus, necessitamos da formação da identidade de líder e da unção para o ministério.

A resposta para os dias atuais está em um compromisso com o chamado de Deus, a confiança em nós depositada e uma constante busca de fidelidade ao nosso chamado, esperando que se cumpra, para as nossas vidas, o tempo de Deus.

EXEMPLO DE LIDERANÇA PARA NOSSOS DIAS


Neemias, o homem escolhido por Deus para a restauração de Jerusalém. Neemias é parte do cumprimento da profecia acerca do retorno de Israel após o cativeiro Babilônico (Jr 29:10). Isto, porém, não quer dizer que ele não tenha feito esforço algum ou que não tenha usado de estratégia para atender ao chamado de Deus para a sua vida. Crendo na profecia, ele teve que pôr mãos à obra, e ser confrontado com as mais difíceis situações, para um dia poder dizer ao povo que “... Deus pode transformar maldições em bênçãos...” (Ne 13.2). Apesar de ser um personagem obscuro quanto alguns aspectos pessoais, encontramos no livro que leva o seu nome, informações detalhadas sobre a maneira que ele atuou na restauração de Jerusalém.
1: Preparado para a resposta de Deus.Como Neemias se manteve firme no Senhor.Neemias era da tribo de Judá (Ne 1:2, 2:3, 7:2) filho de Hacalias, provavelmente nasceu no cativeiro, copeiro em Susã, o principal palácio e a residência de inverno do Rei Artaxerxes I, exercia também os cargos de Primeiro Ministro e Mestre de Cerimônia com grande afinidade com o Rei (Ne 1.11). Por volta de Novembro de 445 a.C, ele recebeu a visita de Hanani, “... um de seus irmãos ...”. Este lhe trouxe tristes notícias sobre a ruína de Jerusalém e o abatimento de uns poucos que haviam escapado do cativeiro Babilônico. Assim que recebeu a notícia, Neemias iniciou uma campanha pessoal de oração que durou quatro meses. Finalmente, a resposta veio de Deus na forma de uma situação bastante incômoda: Neemias não conseguia mais conter sua tristeza (Pv 15: 13), e a esta se somava o abatimento físico pelo jejum prolongado. Um rosto carrancudo diante de um Rei persa era considerado como uma grave ofensa. Pior ainda, naquele caso um copeiro triste perante seu rei poderia ser indicio de alguma cilada contra o Rei – Neemias foi então questionado também quanto a sua lealdade. Porém Deus estava com ele e por isso manteve-se irrepreensíve

O PESO DA LIDERANÇA









CONCEITUANDO
Conceitualmente liderança cristã se difere de outras categorias de liderança apenas pelo estrito e profundo compromisso de servir. Embora muitos princípios, valores e aspectos práticos possam ser adotados dentro de qualquer ação na liderança cristã, a questão servil não deve nunca perder seu lugar de honra.

- Liderar, na mentalidade secular é comandar.
- Liderar, no âmbito cristão é servir.

“Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; e qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” - Marcos 10.42-45
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O PESO DA LIDERANÇA

O líder cristão precisa cultivar uma postura de responsabilidade e dever.

- Na fidelidade àqueles a quem irá ministrar, quer seja numa igreja ou outra organização;
- Na persistência na visão que lhe foi confiada;
- Na viabilização de projetos que promovam a continuidade do que se propõe a realizar;
- Na capacitação e motivação do grupo ou equipe que está ao seu dispor;
- Na criação, execução e manutenção de projetos que visem o permanente bem estar da obra que lhe foi confiada;
- Na reciclagem e aprimoramento de suas próprias habilidades e conhecimento para que não caia no marasmo;
- Na defesa dos interesses que envolvam o grupo sob sua liderança;
- Na busca de soluções para os problemas mais difíceis e nas tarefas mais complexas.
- No descobrimento de novos líderes que possam dar continuidade ao trabalho por ele iniciado.