19 de março de 2010

LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO

Motivação é um assunto muito discutido entre empreendedores. Ainda assim poucos a compreendem totalmente, como ter uma equipe sempre motivada ainda é um mistério. Eu mesmo sofri grandes decepções até entender onde estava a lacuna, a falha em muitos treinamentos por aí.

Os consultores e palestrantes nos dão muitas idéias, nós aplicamos cada uma delas e o resultado final as vezes é satisfatório, porém por um período curto de tempo. A motivação não se mantém!

Os efeitos disso no negócio podem ser desastrosos se providências urgentes não forem tomadas, não só pelo “amarelamento” das equipes, mas também porque uma turma desmotivada é um sintoma de outras áreas doentes no empreendimento.

Será que existe alguma vacina para esse “amarelamento”? A resposta é sim, mas antes da cura será preciso entender um pouco mais sobre a teoria da motivação.

Entendendo o que é motivação e movimento.

Alguns consultores vendem movimento como se fosse motivação. Há muita diferença entre uma coisa e outra e é aqui que está o pulo do gato. Existe discussão sobre qual está certo ou errado, mas vejo espaço para ambos serem aplicados, cada um em seu devido momento.

  • Movimento é fácil e tem resultados rápidos
  • Motivação é difícil e tem resultados duradouros

Quando alguém faz algo para evitar punição, ganhar uma recompensa ou competição e o impulso inicial partiu de um terceiro e não dela própria, essa pessoa foi posta em movimento. Se não houvesse o estímulo externo ela não teria feito nada.

Se a iniciativa para realizações parte da própria pessoa por uma necessidade interior, se ela é levada a agir por um impulso interno, um desejo, então essa pessoa está motivada.

Com a verdadeira motivação em cena, é possível transformá-la em ação voluntária constante, direcionada a metas e objetivos com a ajuda de treinamentos e não há efeitos colaterais.

Já no movimento, se os estímulos cessarem ou não forem progressivos, tudo volta a estaca zero, podendo até ficar pior do que estava antes, gerando insatisfação. Então é preciso cuidado e planejamento.

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A liderança e a ética

"Nada lhe posso dar que já não existe em você. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria existência. Nada lhe poderei dar, a não ser a oportunidade, o impulso a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo."
(Hermann Hesse)

A liderança é um processo que pessoas comuns utilizam, quando recorrem ao que há de melhor em si mesmas e nas outras pessoas.
Dessa perspectiva podemos identificar o desenvolvimento da liderança ao próprio “des-envolvimento” da pessoa . Um genuíno processo educacional de busca por completude e expressão de potencialidades que se constrói nas interações homem/mundo e que nunca tem fim.
Há um tanto de arte no percurso do aprendizado do líder que se traduz no seu relacionamento com as pessoas de seu entorno. Arte que inspira os liderados a se engajar em aspirações compartilhadas. Arte que se aprende no fazer e na reflexão sobre o que se faz. Arte de não ceder aos valores materiais, destarte o materialismo mecânico e orgânico das nossas empresas, em detrimento aos verdadeiros valores da vida, vida eterna - Deus; Amor.
Essas e outras questões essenciais ao exercício da gestão e da liderança no ambiente organizacional, estão presentes nas reflexões e práticas da ética global, nesse contexto que é predominantemente desafiador à própria ética.
Nada pode encaminhar a raça humana à degradação mais rapidamente do que líderes desprovidos de qualidade moral.
Exatamente por isso, se você for um liderado, fuja de gestores assim. Se você for um líder, invista no seu polimento intelectual, profissional, mas sobretudo no comportamental e espiritual.
No fundo reportamo-nos sempre a mesma e crucial questão: o futuro depende dos valores de hoje, inclusive à própria possibilidade da existência desse futuro.
Por Carlos Roberto Sabbi

Liderança do Século XXI

  • Propósito da Liderança - Existe um duplo propósito para a nossa existência, que consiste em estar comprometido ao mesmo tempo com os processos de transformação individual e social. A transformação individual consiste em desenvolver as potencialidades latentes que cada indivíduo possui. Através do desenvolvimento da capacidades específicas relacionadas com a sua nobreza essencial, o indivíduo gradualmente compreende o propósito de sua existência e se sente responsável perante si e a humanidade. Quanto mais o homem conhece a si mesmo mais responsável ele se sente.
  • Como pode uma pessoa se preparar para lidera no século XXI? Quais são as atribuições de um líder eficiente neste milênio?
  • Dois aspectos sobre o futuro que podemos afirma com alguma certeza são as rápidas mudanças e a grande diversidade
  • As dramáticas mudanças já notadas nesta década são precursoras de uma sociedade cada vez mais complexa, com grandes mudanças nos valores internos e sistemas. Para ser efetivo, um líder orientado para o futuro deve trabalhar com os aspectos mais abstratos da organização ou comunidade - como cultura, valores, visões, etc. - e também com os aspectos mais concretos. Freqüentemente, porém, os aspectos mais abstratos são negligenciados, fazendo com que o processo de mudança seja lento, problemático e mal aceito.
  • Mudanças podem assustar, deprimir e paralisar, ou podem desafiar, aliviar e enriquecer. O líder transformacional percebe que as pessoas podem ser mais e fazer mais do que normalmente delas se espera.
  • Neste novo conceito de liderança, o poder tem um papel diferente no processo de mudança. Tradicionalmente, o poder tem sido usado pelo líder convencional para usar recursos de todos para alcançar seus objetivosunilaterais, muitas vezes pessoais. No entanto, a liderança exigida para o século XXI deverá encarar o poder como algo a ser compartilhado. No outras palavras, a nova liderança deve deixar de buscar poder e passar a dar poder aos outros; deixar de controlar as pessoas e sim tratar de capacitá-las a ser criativas. A função do novo líder é encorajar os outros a usarem sua própria criatividade para alcançar os objetivos estipulados de comum acordo.

A liderança para o século XXI deve ser caracterizar por:

  • Um forte, profundo sentido para perceber os problemas atuais e do futuro;
  • Habilidade para comunicar essas preocupações com clareza e significado, criando assim um forte senso de compromisso de outras pessoas para com suas idéias;
  • Desejo de desenvolvimento de todos, o crescimento pessoal; permanente e o fortalecimento de cada indivíduo como fundamental para o sucesso dos projetos e das comunidades;
  • Cultivo cuidadoso de sua própria intuição;
  • Finalmente, o líder de amanhã deve estar comprometido com a celebração e a alegria, com as pessoas e as riquezas humanas, ter uma profunda crença na dignidade, amor e potencial criativo de cada pessoa, para poder enfrentar os desafios do próximo século com segurança e sucesso.
  • Perfil do líder que o mundo necessita hoje é daquele:
  • Cujo propósito é a transformação individual e social;
  • Comprometido totalmente com valores e princípios morais baseados na livre investigação da verdade;
  • Inspirado por um sentido de transcendência;
  • Guiado no exercício de suas capacidades para o serviço ao bem comum.

As três características fundamentais de um líder moral são:
1- Conhecimento básico do mundo em que vive;
2- Visão (utopia) clara do mundo que deseja alcançar;
3- Compromisso pessoal para trabalhar para tornar realidade este mundo ideal.

  • Agirmos só no presente, sem uma visão de algo melhor, é apenas passatempo. E sonhar com o mundo melhor, sem tentarmos mudar na prática o nosso mundo real, é apenas um sonho. Filósofos e sonhadores tivemos e temos em grande quantidade. O que necessitamos é de Líderes Morais.

LIDERANÇA MORAL

É necessário esclarecer o significado de liderança moral. A definição do termo "liderança" possui muitas conotações diferentes, algumas das quais contrárias ao sentido aqui empregado. Quando se pergunta a alguém o que é ser um líder, freqüentemente a resposta é "estar no controle", "dar ordens", "comandar", "ser o número 1". Para suprir as necessidades da humanidade neste estágio de maturidade, este conceito dominante de liderança deve ser questionado e substituído por um conceito centralizado na UTILIDADE. O objetivo desta nova liderança é dar poderes aos outros para que contribuam com a sociedade, em lugar de concentrar poderes sobre os outros. A principal característica de um líder moral deve ser o espírito de utilidade: "aquele que é mais útil à comunidade" em vez de "aquele que mais domina a sociedade".

Formas egocêntricas de liderança, infelizmente, têm dominado as páginas da História e tendem a prevalecer nas relações do mundo atual. Modelos autocráticos, paternalistas, totalitários, manipuladores e "sabe-tudo" de liderança enfraquecem os grupos que alegam servir. Tais formas de liderança concentram o poder de decisão nas mãos de uns poucos de tal maneira que os outros os sirvam. O que o mundo precisa hoje é exatamente o oposto dessa concepção - um novo modelo de liderança que se baseia em valores e princípios morais e devota sinceramente suas capacidades ao serviço do bem comum.

Há um duplo propósito na vida humana que dá direção e significado à existência.

O primeiro aspecto desse duplo propósito se refere ao processo de TRANSFORMAÇÃO PESSOAL. Seu objetivo é transformar as potencialidades latentes de um indivíduo em realidade, na qual os aspectos físico, intelectual e espiritual do ser humano possam atingir sua mais nobre e completa expressão. O cumprimento dessa meta requer o exercício constante do esforço individual na busca pela verdade e na aquisição e aplicação de conhecimento, sabedoria, virtudes e qualidades espirituais em todos os aspectos da vida diária.

A outra faceta desse propósito dual tem a ver com o complexo processo de TRANSFORMAÇÃO SOCIAL. A finalidade deste processo é a promoção de uma civilização em evolução contínua baseada em princípios de justiça e amor. O desenvolvimento de uma sociedade justa, em que o bem comum é estimulado por estruturas que facilitem a colaboração e a cooperação, e na qual os benefícios da iniciativa individual são resguardados e encorajados, é certamente a mais complexa e desafiadora tarefa da humanidade.

Esses dois aspectos do sentido da existência humana estão intimamente interligados. Por um lado, é impossível conceber uma transformação social sem indivíduos, que estão ativamente engajados na obtenção de sua transformação pessoal. Por outro, é igualmente impossível obter essa metamorfose individual num vácuo social. Um indivíduo pode desenvolver plenamente suas mais nobres potencialidades somente quando se dedica a servir aos processos de transformação social.

Em nossa estrutura de educação moral, a verdade é a base para definir o que é responsabilidade moral. Propõe-se que há duas verdades morais fundamentais que toda pessoa deve obedecer: a busca e o reconhecimento da verdade, e a aplicação dessa verdade na transformação pessoal e social, bem como em todos os outros aspectos da vida quotidiana. Quando cada indivíduo se esforça para cumprir com essas reponsabilidades, então a luz da verdade pode guiar a obtenção do duplo propósito da existência humana. Por "verdade", não se entende apenas aquilo que é descoberto pela pesquisa científica, mas também a verdade espiritual que é revelada pelas grandes religiões do mundo, que deram à nossa civilização sua base moral e espiritual. Essas duas fontes de verdade não são contraditórias, e sim complementares. Ambas são necessárias ao desenvolvimento de uma civilização em progresso constante.

O CONCEITO DE APTIDÃO

A esta altura é necessário aclarar o conceito de "aptidão", de acordo com o sentido empregado neste artigo, e explicar por que o desenvolvimento de tais capacidades é uma preocupação central em nossa abordagem de educação moral.

Abordagens tradicionais de educação - seja o desenvolvimento de caráter, seja o de virtudes - tende a promover um conceito passivo de pessoa virtuosa. Ser virtuoso é ser "bom’, manter-se longe de problemas. Nós objetivamos mudar esse conceito para outro em que virtuoso é aquele que está conscientemente e ativamente engajado em ações que promovam a transformação pessoal e social. Assim, ser virtuoso é "FAZER o bem". Esse novo conceito implica que o elemento virtuoso deve possuir certas aptidões que o fortalecem para executar boas ações.

Os tijolos da estrutura moral de um indivíduo incluem atitudes, qualidades, habilidades e aptidões, bem como conhecimento e compreensão de conceitos morais essenciais. Em lugar de examinar esses atributos individualmente, é útil considerá-los em grupos afins que formam uma função moral superior de um indivíduo - uma aptidão moral.

Uma aptidão é a capacidade que uma pessoa tem de executar tipos específicos de tarefas que são essenciais ao desenvolvimento e bem-estar tanto individual como coletivo.

FUNÇÕES DA LIDERANÇA

Estudos sociológicos indicam que há duas funções básicas de liderança dento de um grupo. Uma delas refere-se à promoção da unidade desse grupo. A efetiva promoção dessa unidade requer a capacidade de facilitar processos consultivos que permitam a tomada coletiva de decisões baseados numa sincera e rigorosa busca pela verdade. A outra tem a ver com o suprimento das necessidades e objetivos do grupo por meio de ações, ou seja, dedica-se a facilitar o processo de transformar pensamentos em atos concretos. Ambas funções são essenciais ao bem-estar de qualquer grupo, quer seja ele uma família, uma organização, ou uma comunidade local, nacional ou mundial.

APTIDÕES DA LIDERANÇA MORAL

A primeira aptidão da liderança moral é o aprendizado contínuo na aquisição de perfeições humanas, tanto na esfera intelectual como na espiritual. A primeira e mais importante dessas perfeições é a aquisição de conhecimento útil ao desenvolvimento da humanidade. Mas esse empenho deve ser equilibrado pela compreensão de que a verdadeira excelência do indivíduo não pode ser atingida fora da dedicação ao bem comum.

A segunda aptidão moral é concernente à atividade de educar os outros. Tal capacidade significa alguém ensinar aos outros um conhecimento, habilidade ou sabedoria que tenha adquirido. Um autêntico líder moral é aquele que volta seus esforços para a educação das massas, e trabalha dia e noite até que todos estejam protegidos pela fortaleza do conhecimento. Um líder moral fortalece os outros no serviço à humanidade.

A terceira aptidão tem a ver com a disciplina própria e o autocontrole. Significa a capacidade de opor-se às suas paixões, algo que não é muito fácil de se conseguir, ainda menos num ambiente dominado pelas corruptoras influências da sociedade materialista. A falta de disciplina é justamente uma das mais notáveis características da sociedade consumista.

A quarta aptidão é reconhecer e obedecer a verdade. Esta é a base fundamental de uma conduta moral. Um homem só pode ser realmente digno de confiança quando, e apenas quando, não se coloca acima da lei. A verdadeira liderança moral reconhece e entende a função das leis no desenvolvimento e na manutenção de uma sociedade civilizada e justa. Por essa razão, um autêntico líder moral jamais se posiciona acima da lei. Mesmo se considerar uma lei injusta, jamais se utilizará de meios violentos para sua mudança. Ao contrário, ele procurará fazer uso dos meios legais apropriados que existam para servir a tal propósito.

Essas quatro aptidões são inter-relacionadas e se respaldam mutuamente. A obtenção de uma facilita a aquisição das outras. Juntas, elas formam a estrutura básica do homem virtuoso e da verdadeira liderança moral necessária ao mundo atual.

18 de março de 2010

LIDERANÇA COMO UM PROCESSO SOCIAL

A Liderança é tida por alguns teóricos como um processo social, uma relação entre seres humanos que é constítuida e influenciada por 4 fatores.


1. - Missão.
Missão é o objetivo ou tarefa que o líder e o liderado devem cumprir, é o objetivo da equipe de trabalho. A missão pode ser classificada de duas formas.
1.1 - Missão Moral.
A Missão Moral é aquela em que o líder estabelece um missão pra seus liderados, mas não estabelece uma recompensa material, a recompensa para o cumprimento da tarefa seria a própria meta alcançada. O líder que consegue estabelecer uma missão moral para com seus liderados é chamado de líde carismático.
1.2 - Missão Cauculista.
É o tipo de missão em que o líder estabelece uma meta e uma recompensa material. O líder desssse tipo de missão é chamado de líder transacional.


2- Líder.
É a pessoa que deve exercer uma influência sobre os colaboradores para que os mesmos alcancem uma meta, que deve dar motivação e inspiração para seus liderados.
Os teóricos costumam dizer que uma pessoa pode se tornar líder por 3 fatores.
2.1 - Traços de Personalidade.
É o líder que nasce com alguns traços que se transformam em uma tendencia para liderar, entre eles, determinação e autoconfiança.
2.2 - Necessidade de Poder.
É o líder que tem necessidade de estar no comando. Pode ser por satisfação pessoal, de liderar os seus colaboradores, ou por satisfação coletiva, de alcançar um meta que promova a todos, líder e liderados.
2.3 - Complexo de Habilidades.
Trata a liderança como um complexo de habilidades a ser desenvolvidas por alguém que deseja ser líder, como por exemplo, a comunicação.

3- Liderado.
O líderado é quem vai colaborar com o líder para que o líder alcance o objetivo desejado. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o liderado também exerce influência sobre o líder, na forma de legitimação da sua liderança. Um líder nunca é um bom líder sem a aprovação dos liderados.
Os liderados podem ser classificados de duas formas, segunda suas motivações:
3.1 - Liderados Fiéis.
São aqueles que se deixar ser comandados por um líder por possuírem a mesma ideologia ou opinião. Em troca eles exigem obrigações do líder, como por exemplo, que o líder mantenha a mesma ideologia sempre.
3.2 - Liderados Mercenários.
São aqueles que se deixam ser comandados por interesses materiais. Exigem em troca da sua colaboração no trabalho em equipe recompensas físicas.

4 - Conjuntura.
É o ambiente em que esse processo de liderança ocorre. A Conjuntura sofre influência temporais, geográficas, culturais, e assim influência o processo social da liderança.

Confiança.A Principal Característica De Um Líder.

A Principal Característica De Um Líder.

A confiança é a principal característica que dá suporte à liderança. Alguns denominam esta característica principal de credibilidade. Não muda muito, só o nome.
A confiança representa uma condição, sem a qual, não floresce a liderança. Ou seja, só é líder quem inspira confiança. Esta condição não garante a assunção da liderança, mas garante a base onde ela pode ser construída.
Portanto, qualquer que seja a posição de um líder, em qualquer empresa ou situação, a principal característica desse líder - e de quaisquer outros líderes - é a confiança. Para haver um líder, esse líder tem que inspirar confiança em quem o segue.
A confiança, então tão buscada e desejada, apresenta algumas peculiaridades interessantes, que ajudam na sua formação, apresentadas abaixo:
1. A confiança requer tempo para ser construída.
Não há confiança à primeira vista, o tempo é o adubo que permite crescer a relação de confiança.
2. A confiança é construída um a um.
A confiança se constrói em relações entre duas pessoas. Faça visitas garantindo isonomia de tratamento e construa a confiança.
3. A confiança é uma avenida de duas mãos.
A confiança precisa de duas pessoas e, necessariamente, ser recíproca. Se não há reciprocidade, há problemas de balanceamento no relacionamento.
4. A confiança implica em apreender e aprender com o outro.
Neste mundo de rápidas mudanças as pessoas estão aprendendo, mais e mais rápido, e a relação de confiança necessita constante troca de informações, tanto para equiparar os dois lados da relação de confiança, como para apreender as mudanças que ocorrem com cada um dos lados dessa relação.
5. A confiança tem limites.
A confiança é conquistada etapa a etapa. A cada etapa há o controle para verificar se a confiança depositada teve a realização comprometida do outro lado. Umas regras ótimas são:
Confie em Deus, e feche aporta com cadeado.
Tenha sempre confiança, mas faça contratos por escrito.
6. A confiança exige firmeza.
Tornar claro e checar o entendimento do que se espera é básico. Uma vez depositada a confiança, ela tem que ser correspondida. Confiança não correspondida significa abandono da relação. Porto final.
7. A confiança requer líderes.
Para se adquirir confiança é necessário que a outra parte diga algo como:
- Deixa comigo!
Isto, acima de tudo, quer dizer que a pessoa informa que tem condições de levar a bom termo a situação. No mínimo, esta pessoa lidera a si própria, ela se compromete com resultados.
8. Confiança significa lisura de procedimentos.
O melhor truque para ser um líder é não utilizar truque nenhum.
9. A confiança requer caráter e persistência.
A relação de confiança requer que cada lado só prometa aquilo que pode cumprir, portanto, se você prometeu, vá até as últimas conseqüências para garantir o prometido.
Ou de outra forma: só prometa aquilo que você pode cumprir, com folga.
Ou ainda mais: mesmo que o outro lado insista, jamais seja desonesto.
Você leva muito tempo para ganhar confiança e somente um segundo para perdê-la.
10. A confiança e o ser humano.
O ser humano é interessante: julga os outros pelos seus comportamentos, mas, a si próprio, pelas suas atitudes.
Aos próprios olhos nunca ninguém falha, há sempre uma explicação plausível, mas as razões pelas quais você deixou alguém a ver navios, são exclusivamente suas. Não importa se você é incompetente, se você tem falta de sorte, ou mesmo se você é mentiroso.
Assuma o erro, peça desculpas e, se aceita a desculpa, comece de novo a construir a confiança. Em casa, com a família, ou no trabalho.

O LÍDER QUE DEUS USA


"Quando pensamos em um líder, nosso foco recai sobre alguém que convence seguidores de que pode resolver seus problemas de uma forma melhor e mais eficaz do que qualquer outra pessoa".
Veja algumas características de um líder e de uma verdadeira liderança:
- Reconhece os problemas, as dificuldades e as necessidades de um grupo.
- Tem capacidade e potencial indiscutíveis(inteligência, atenção, facilidade de se comunicar, originalidade, julgamento, responsabilidade irrefutável, confiança, iniciativa, persistência, auto-confiança, desejo de vencer).
- A paciência, a preocupação pela glória de Deus e a perseverança são as qualidades que especialmente se sobressaem. Quase que com a mesma importância estão sua coragem perante o perigo, a sua criatividade perante a rebeldia e a sua mansidão diante de tribulações.
- É um homem de oração.
- É flexível (adapta-se a mudanças e ajusta-se ao inesperado)
- Sua humildade ímpar o faz verdadeiramente maleável nas curvas e travessas do caminho que Deus coloca perante ele.
- É objetivo: tem habilidade para controlar sentimentos pessoais.
- Um ministro de Cristo deve ter sua língua, seu coração e suas mãos em concordância.
- Um líder eficiente mantém uma postura de aluno durante a vida inteira. Nunca param de estudar; Lêem livros que aumentam seu conhecimento e ampliam seus horizontes. Assistem cursos para crescer e melhorar suas aptidões ministeriais.... Enfim, não é arrogante.
- Os líderes que apresentam os mais nobres traços de caráter não precisam se manter no poder por força bruta ou engano.
- Trata as pessoas de igual para igual, pois ser um líder não faz de alguém melhor do que outros, nem mais valioso aos olhos de Deus.
- É generoso com elogios legítimos e encorajamento. Sempre enfatiza as qualidades e virtudes dos outros. Não dá a impressão de que é perfeito, sem pecados.
- A liderança que exclui o fraco, o doente e os membros esquecidos da sociedade, não reflete o ensino de Jesus
- Para ser um motivador, o líder deve ter a habilidade de despertar e mover as pessoas à ação e à realização, ao mesmo tempo que, satisfaz às suas necessidades. Isso inclui a mobilização e o agrupamento de homens e de mulheres para aceitar a visão e o trabalho para o cumprimento da obra.
- O líder precisa de novas idéias, e da sabedoria de Salomão, para avaliar as forças sufocantes reacionárias e destingi-las dos ventos devastadores da mudança que promete melhoramente e eficiência (cf Ef. 4.14)
- Um líder planeja cuidadosamente como superar a resistência e tornar a oposição em algo vantajoso para ele.
- Um líder precisa manter renovado o seu vigor nas Escrituras, no seu caminhar com o Senhor e na sua área de perícia. Do contrário, ele perderá a credibilidade com os seguidores que também tenham acesso à fontes boas de informação.
- Um líder soberbo raramente ouve a voz do grupo que lidera, pois é auto confiante. ele pensa que sabe, acima de todos, como dirigir o grupo. A soberba faz com que seja impossível viver a verdadeira dependência de Deus e ouvir sua voz. Sem a direção divina, um líder soberbo será impetuoso e tomará decisões sem a reflexão necessária ou a troca de idéias.
- O líder que mente, que exagera ou que esconde a verdade não tem direito algum de controlar a vida de outros.
- O verdadeiro líder espera coisas grandes de Deus e aspira fazer coisas grandes para Deus.
- Um líder sábio anda na linha que separa a determinação da teimosia.
- A adaptabilidade a face de mudanças rápidas é a marca niveladora da liderança de qualidade.
- Alguns líderes podem facilmente cair na armadilha de acreditar que um seguidor que fala a verdade é desleal.
- As decisões sem ouvir as opiniões contrárias podem afundar todo o propósito de existência de um grupo.
- O equilíbrio entre a visão e a praticabilidade não deve ser perdida. Um líder que tem grandes sonhos, mas não tem seus pés no chão, tem pouco valor para a Igreja hoje.
- Nunca diga "Eu aprendi", mas "Eu estou aprendendo"; pois qualquer que seja o fato que o líder tenha aprendido no passado, ele precisa ser melhorado e aperfeiçoado.
- Um líder que negligencia a oração provavelmente fracassará, enquanto aquele que faz da oração a sua atividade fundamental tem uma boa chance de alcançar o sucesso
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17 de março de 2010

OS 12 MAIORES ATRIBUTOS DA LIDERANÇA


"Liderança" é um tema que vem sendo discutido desde os mais remotos tempos pelo homem. Ser líder, formar líderes, parece ser um desafio constante do homem e das organizações. Aqui vão alguns resultados de pesquisa feitas na Europa com mais de 500 executivos de todos os tipos de industria. Essa pesquisa é muito interessante. Ela mostra coisas simples, objetivas e fornece conselhos úteis para todos nós que desejamos vencer, alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Espero que a leitura atenta destas descobertas e seus comentários possam trazer benefícios reais aos leitores.
DISPOSIÇÃO PARA TENTAR O QUE NÃO FOI TENTADO ANTES

Nenhum empregado deseja ser guiado por um administrador a
quem falte coragem e autoconfiança. É o estilo de liderança positiva aquele eu ousa nas tarefas e se vale de oportunidade não tentadas anteriormente.
Um Gerente de Vendas bem sucedido irá às ruas e venderá junto com seus vendedores quando o mercado está difícil ou quando o pessoal de vendas encontrar-se sob extrema pressão. Tal gerente sabe que se arrisca a tornar-se impopular. Contudo, ao liderar pelo exemplo, manterá a motivação da equipe.

AUTO MOTIVAÇÃO

O Gerente que não consegue se auto-motivar não tem a menor chance de ser capaz de motivar os outros.

UMA PERCEPÇÃO AGUDA DO QUE É JUSTO

Esta é uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe, o gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança segundo o qual todos são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação de segurança. Isso é extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento.

PLANOS DEFINIDOS

O líder motivado sempre tem objetivos claros e definidos e planejou a realização de seus objetivos. Ele planeja o trabalho e depois trabalha o seu plano coma participação de seus subordinados.

PERSEVERANÇA NAS DECISÕES

O gerente que vacila no processo decisório mostra que não está certo de si mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes considerações preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a possibilidade de a decisão que está sendo tomada vir a se revelar errada.

Muitas pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto não diminui o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um gerente pode tomar decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal tem força para sustentar aquela decisão junto com o gerente.

O HÁBITO DE FAZER MAIS DO QUE AQUILO PELO QUAL SE É PAGO

Um dos ônus da liderança é a disposição para fazer mais do que é exigido do pessoal. O gerente que chega antes dos empregados e que deixa o serviço depois deles é um exemplo deste atributo de liderança.

UMA PERSONALIDADE POSITIVA

As pessoas respeitam tal qualidade. Ela inspira confiança e também constrói e mantém uma equipe com entusiasmo.

EMPATIA

O líder de sucesso deve possuir a capacidade de colocar-se no lugar de seu pessoal, de ser capaz de ver o mundo pelo lado das outras pessoas. Ele não precisa concordar com essa visão, mas deve ser capaz de entender como as pessoas se sentem e compreender seus pontos de vista.

DOMÍNIO DOS DETALHES

O líder bem sucedido entende e executa cada detalhe do seu trabalho e, é evidente, dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades inerentes à sua posição.

DISPOSIÇÃO PARA ASSUMIR PLENA RESPONSABILIDADE

Outros ônus da liderança é assumir responsabilidade pelos erros de seus seguidores. Caso um subalterno cometa um erro, talvez por incompetência, o líder deve considerar que foi ele quem falhou. Se o líder tentar mudar a direção dessa responsabilidade, não continuará liderando e dará insegurança a seus seguidores. O clichê do líder é: "A

responsabilidade é minha".

DUPLICAÇÃO

O líder de sucesso está sempre procurando maneiras de espelhar suas habilidades em outras pessoas. Dessa forma ele faz os outros evoluírem e é capaz de "estar em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo".

Talvez este seja um dos maiores atributos de um líder: ser capaz de desenvolver outros lideres. Pode-se julgar um líder pelo número de pessoas em que ele refletiu os seus talentos e fez evoluir.

UMA PROFUNDA CRENÇA EM SEUS PRINCÍPIOS

A expressão "A menos que batalhemos por alguma causa, nos deixaremos levar por qualquer causa" resume bem a importância de ter-se uma causa pela qual valha a pena viver e trabalhar. Nada cuja aquisição tenha valor é muito fácil. O líder de sucesso tem a determinação de atingir objetivos não importando os obstáculos que surjam pelo caminho. Ele acredita no que está fazendo com a determinação de batalhar por sua realização.

Minha sugestão é a de que você leia uma, duas ou três vezes cada um desses atributos e medite cada um deles à luz de sua própria realidade como um profissional que tem a função de gerenciar, comandar, liderar pessoas. Detenha-se sobre cada um dos atributos e dê a você mesmo uma nota de zero a 10 em cada um deles, fazendo um propósito de auto–aperfeiçoamento. Repita essa auto-avaliação semanalmente.

14 de março de 2010

Líder precisa investir em si próprio para executar um bom trabalho

Liderar uma equipe não é uma tarefa fácil. Entretanto, este trabalho pode ser facilitado a partir do momento em que o gestor passa a investir nele mesmo. De acordo com o livro "O Código de Liderança"*, a competência é a regra definitiva da liderança e começa com o autoconhecimento.

Assim, se o líder não estiver agindo de acordo com os seus valores e crenças, se não transmitir confiabilidade em suas decisões e se não estiver disposto a aprender e a crescer como gestor, ele não será capaz de ser um estrategista, executor ou gestor de talentos.

Raciocínio claro

Para desenvolver um trabalho de líder é preciso que o profissional tenha clareza de raciocínio combinando o intelecto e a intuição e a razão e a emoção. Ao ter este domínio, os líderes podem rapidamente definir prioridades e agir para alcançá-las.

Além disso, a ousadia também deve fazer parte do vocabulário de um gestor. Se o líder precisa tomar uma decisão, o primeiro passo é identificá-la. Depois, chega o momento de estudar os impactos desta decisão e, enfim, colocar o pensamento em prática. Caso esta escolha seja errada, o gestor tem de admitir o seu equívoco, aprender a lição e agir.

Os líderes corajosos e ousados têm autoconfiança e são seguros de si. Cometem erros, mas tiram uma lição disso.

Conheça-se

Outro ponto destacado por Dave Ulrich, Norm Smallwood e Kate Sweetman, autores do livro, é que o líder tem de se conhecer, identificando claramente quais são os seus pontos fracos e os fortes. Ao saber quem é, conseguirá responder a situações comerciais e ter a determinação necessária para fazer a coisa certa.

Quanto melhor o gestor compreender as suas inclinações naturais, como a tendência para introspecção ou a extroversão, ou a propensão para assumir ou evitar riscos, ou ainda a tendência a ser mais intelectual do que prático, ele poderá ser dono de sua realidade e trabalhar para adaptá-la. Descobrir os seus pontos fortes é fundamental para o líder.

Estresse e Agilidade para aprender

Administrar as emoções e as expectativas da equipe, assim como as próprias, é um dos papéis do líder. Por isso, é fundamental que o gestor mantenha a calma mesmo quando a situação está extremamente complicada e difícil.

Outro atributo importante para o líder é a capacidade de aprender. Para isso, fazer generalizações com base no passado pode ser o primeiro passo. O líder deve verificar o que funcionou e o que não funcionou e explorar as razões disso para poder desenvolver o seu trabalho. Depois, é importante que o gestor procure novas ideias para resolver antigos problemas da empresa.

As chances de reconhecer padrões antigos organizacionais e, ao mesmo tempo, identificar novos, certamente serão maiores se o líder mesclar os dados da empresa, que garantem decisões lógicas, com a intuição.

Compartilhar ideias, estar disposto a aprender com os outros membros da equipe e admitir os erros é fundamental para ser um líder bem-sucedido. Além disso, o líder nunca deve deixar de lado os princípios básicos da liderança, que são o caráter, a integridade, a moralidade e a ética.

Cuide-se!

Cuidar do corpo mantendo uma alimentação equilibrada, praticando atividades físicas e ter um sono adequado, auxilia o líder na tomada de decisões adequadas. Ter uma atenção especial ao lado emocional também é importante. O gestor precisa ser otimista, ter autoestima e senso de humor.

Para executar bem o seu trabalho, o líder não pode esquecer de cuidar também do seu social. Interagir com os colegas de equipe gera apoio nos momentos difíceis e ajuda a desenvolver um relacionamento de confiança.

* Reportagem baseada no livro O Código da Liderança - Cinco regras para fazer a diferença, de Dave Ulrich, Norm Smallwood e Kate Sweetman.

LIDERANÇA CRISTÃ E INTEGRIDADE

Liderança significa “conduzir por um caminho, colocando-se à frente. O ato assemelha-se ao de se aventurar por um lugar em que ninguém esteve antes – uma aventura que não é para tímidos ou fracos.(1) A liderança é um dos fenômenos mais observados e menos entendidos sobre a terra.(2)

Mas quando se trata de liderança cristã, a situação reveste-se de especial significado e responsabilidade. A Bíblia revela diversos requisitos que deveriam constituir os líderes cristãos. E um deles é a integridade.

José, um líder íntegro, piedoso e temente a Deus

O testemunho da vida de José nos mostra a possibilidade de o líder manter-se, sob a graça divina, íntegro, independente da idade e das circunstâncias que o envolvam.

Integridade na casa dos pais

A família de Jacó passou por diversas crises: a. rixas entre as irmãs, Léia e Raquel (Gn 29:33; 30:1-8; b. injustiças (Gn 31:41) e intrigas financeiras (Gn 31:1); c. propensão à idolatria (Gn 31:34); d. traição, violência, imoralidade e invejas (Gn 34:25-30; 35:22; 37:11). Diante desse contexto, ele manteve-se puro, íntegro e temente a Deus, mesmo convivendo com pessoas de caráter reprovável.

Integridade na casa de Potifar

José fora jogado em uma cisterna pelos seus irmãos (Gn 37:17-24), vendido como escravo aos ismaelitas (Gn 39;25-28) e revendido a Potifar, comandante da guarda real egípsia (Gn 39:1). José agora era servo (Gn39:1-2) e superientendente dos bens de Potifar (Gn 39:4-6). Apesar de ser o agente da prosperidade (Gn 39:3) de Potifar, José não tirou proveito disso. Ao contrário, permaneceu íntegro, humilde e abnegado (Gn 39:4).”A fé e integridade de José deveriam, porém, ser experimentadas por terríveis provas. A esposa de seu senhor esforçou-se por seduzir o jovem a transgredir a lei de Deus”(3).Porém, fortalecido pela graça e temor de Deus, José resistiu às investidas do inimigo (Gn 39:12). Ele não transigiu com o pecado, mas diante do mal recuou com determinação e sabedoria. Ali ficaram consignadas a pureza e a santidade do caráter de José. É assim que deve agir todo líder que sofre tentação.

Integridade no cárcere

Acusado injustamente, José foi preso por seu próprio senhor (Gn 39:20). Na cadeia, não demorou para que conquistasse a confiança do carcereiro-chefe (Gn 39:21-22). Este o colocou como responsável por todos os encarcerados, inclusive, pelos dois eunucos de Faraó, presos por transgredirem suas ordens. Ambos, copeiro e padeiro, tiveram um sonho, e José, por providência divina, deu-lhes a interpretação (Gn 40: 9-19). Isso mostra que quando se tem um caráter puro e íntegro é possível continuar à disposição de Deus mesmo nas circunstâncias adversas.

Integridade no palácio

Ao interpretar o sonho de Faraó, José poderia engrandecer-se. Mas não o fez (Gn 41:39-41). Ele era humilde e soube esperar o tempo certo e Deus moveu o coração de Faraó para nomeá-lo como governador do Egito. José governou investido de uma autoridade ímpar. Ele era o primeiro, abaixo de Faraó, chefe supremo. Em Gn 41:40-44 registra-se seu status nas palavras de Faraó: “Administrarás a minha casa, e a tua palavra obedecerá todo o meu povo; somente no trono eu serei maior do que tu. Disse mais Faraó a José: Vês que te faço autoridade sobre toda a terra do Egito. Então tirou o Faraó o seu anel de sinete da mão e o pôs na mão de José, fê-lo vestir roupas de linho fino e lhe pôs ao pescoço um colar de ouro, e fê-lo subir ao seu segundo carro, e clamavam diante dele: inclinai-vos. Desse modo o constituiu sobre toda a terra do Egito. Disse ainda Faraó a José: Eu sou Faraó, contudo sem a tua ordem ninguém levantará mão ou pé em toda a terra do Egito”.Diante de oportunidades atraentes e promissoras, o líder cristão evita tomar decisões precipitadas. O melhor que ele pode fazer é confiar integralmente na vontade e soberania do Senhor. Certamente, José se contentaria apenas com sua liberdade, mas Deus fez por ele muito mais do que poderia pedir ou pensar.

Integridade diante de seus irmãos no reencontro

A liderança exercida por José, encontra seu clímax ao tratar com seus irmãos, que de maneira extremamente vil o venderam aos ismaelitas. O momento de dar “o troco”, até por direito, enfim chegara. Ele, soberano, no controle absoluto da situação, diante de seus irmãos que sem piedade o traíram, procede de forma incomum. Vemos um homem cheio do amor divino, reconhecedor da soberania de Deus, demonstrando seu amor, acompanhado de forte emoção afetuosa: “Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não puderam responder, porque ficaram atemorizados perante ele. Disse José a seus irmãos: Agora, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então disse: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendeste para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverem vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós...E, lançando-se ao pescoço de Benjamim, seu irmão, chorou; e, abraçado com ele, chorou também Benjamim. José beijou a todos os seus irmãos e chorou sobre eles; depois, seus irmãos falaram com ele” (Gn 45:3-5; 14,15).

A docilidade deste líder expõe francamente lideranças insensíveis e indiferentes, embriagadas pelo poder. O apóstolo Pedro exorta os líderes: “Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores do que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos de rebanho” (1 Pe 5:2,3). Líderes dominadores são totalmente isentos de amor, piedade e temor de Deus. Em geral, a aspereza utilizada, decorre de figuras fracas que se sentem ameaçadas, procurando impor-se pela força. Estas pessoas costumam apresentar indisposição em ouvir outros, não são ensináveis, e agem sozinhas, como se fossem detentoras da verdade. Que a figura de José seja inspiração para conduzir ao arrependimento tais homens enfermos pelo poder.

Conclusão

“A obra de Deus necessita de homens de elevados padrões e força moral para engajar-se em sua divulgação. Procuram-se homens cujos corações estejam revigorados com santo fervor, homens de firme propósito, que não se abalam facilmente, que podem anular todos os interesses egoístas e dar tudo pela cruz e pela coroa. A causa da verdade presente requer homens leais ao senso do dever e justiça, cuja integridade moral seja inabalável e cuja energia seja igual à aberta providência de Deus. Qualificações como estas são mais valiosas do que riquezas incalculáveis investidas na obra e causa de Deus. Energia, integridade moral e firme propósito pelo direito são qualidades que não podem ser compensadas com qualquer quantidade de ouro. Homens dotados com essas qualificações terão influência em toda a parte. Suas vidas serão mais poderosas do que a eloqüência soberba. Deus chama homens de coração, homens de mente., homens de integridade moral a quem Ele possa tornar depositários de Sua verdade, e que representarão corretamente Seus princípios em sua vida diária”.(4)

Pr. Érico Tadeu Xavier

11 de março de 2010

LIDERANÇA CRISTÃ: ALGUMAS QUALIDADES QUE DEVEM ESTAR PRESENTES.

Em dias em que se formam pastores desenfreadamente através de vários cursos teológicos no mínimo duvidosos, nem todos é claro, é bom observar algumas orientações que a Palavra de Deus nos traz para aqueles que desejam ocupar tão nobre função da casa de Deus, lembrando que pastorear não é ingressar em uma agência de pregadores, ganhar alguns cartões de visita, um assessor para negociar o cachê e gravar e vender milhares de DVDs.

Jesus, o grande e supremo Pastor (I Pe 5.1), deixou-nos o exemplo de como deve se portar aqueles que desejam ter um ministério bem sucedido como o Seu:

"Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos." (Mateus 20 : 28)

Pastores são constituídos sobre o rebanho para servi-lo: guiando-o, alimentando-o bem, intercedendo por ele, curando as feridas, chorando e gemendo com as ovelhas. Jesus deixou-nos o exemplo, o bom pastor deve dar a vida pelas ovelhas por amor a Cristo, Ele nos ensina assim ( Jo 10.11).

Veja alguns conselhos bíblicos acerca da nobre função que exige compromisso daqueles que a desejam:

“Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.” (Tiago 3.1)


"Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja." (I Timóteo 3 : 1)


Quando Paulo deu orientações a Tito para que constituísse bispos sobre a igreja em Creta as suas palavras foram as seguintes:

“Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade” (Tt 1.1)

“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei:
Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.
Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante;
Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.” vv 5-9

“OS presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:
Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória” (II Pe 4.1-4)

Por qual motivo deve-se eleger homens com tais valores sobre a igreja do Senhor?
A Palavra de Deus nos responde:

“Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão,
Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.
Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos.
Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé.
Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade. (Tt 1.10-14)

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” (II Pe 2.1-3)

Infelizmente nos dias atuais não é difícil encontrar homens, que se dizem de Deus, carentes das qualidades requeridas pelo Senhor.
Aqueles que desejam pastorear o rebanho do Senhor busquem seguir os preceitos bíblicos, a Palavra do Senhor está cheia de orientações para que o cristão seja irrepreensível em sua conduta.
Os que pensam não haver tais qualidades em seus líderes orem para que sejam aperfeiçoados e, onde há “lobos”, para que sejam lançados fora do meio do rebanho de Deus.

A INTEGRIDADE DO LÍDER CRISTÃO E O SEU CARÁTER

"O caráter é superior ao intelecto."

Ralph Waldo Emerson

É impossível pensar em líderes íntegros sem refletir sobre o caráter que esses devem ter.

De forma bem simples caráter são princípios. É o conjunto de qualidades éticas resultam na formação moral de uma pessoa. Líderes íntegros precisam ter princípios corretos. Princípios são aprendidos. Assim sendo, o caráter é construído através de um aprendizado, uma disciplina do espírito que depende do esforço individual, dos meios culturais à disposição dos indivíduos e da ação poderosa do Espírito Santo em nossas vidas. Construir um caráter requer que nos foquemos em nossos valores e ações. Requer mudanças que passam pela transformação do pensamento - e isso é absolutamente difícil, pois acarreta a abrirmos mão de atitudes contrárias à vontade de Deus, ao tempo de tomarmos posições coerentes com a nossa fé e doutrina, de termos forças crescente para buscar idéias e conhecimentos novos a serem adquiridos.

Aqui está o grande desafio! Três razões que justificam essa afirmativa:

1. Os princípios do nosso tempo são essencialmente humanistas;

2. Sabemos que somos pecadores e que o que queremos isso não fazemos e o que não queremos isso fazemos, conf. Rom.7.19. Somos profundamente afetados pela realidade que nos cerca. Existem vários exemplos dignos de serem citados de pessoas na Bíblia que nos demonstram traços positivos em seus caráteres. Por exemplo: A sinceridade de Davi, a determinação de Elias, o altruísmo de Ester, a piedade de José, a incorruptibilidade de Noé, a coragem de Débora, a autenticidade de Paulo, o dinamismo de Pedro, a submissão de Sara, a eficácia de Moisés, e a fidelidade de Abraão.

Mas é claro que todos nós sabemos dos traços negativos dos personagens citados, como somos sabedores de todo o processo de aprendizagem que eles tiveram que experimentar para poderem ser transformados. Sabemos que o nosso padrão absoluto sempre será Jesus. Ele é o nosso alvo. Nosso caráter precisa ser o mais próximo de Jesus.

Para esta palestra quero usar a vida de Abraão como ponto de partida para a nossa reflexão.

A vida de Abraão mostra que qualquer pessoa escolhida por Deus para liderar pode ter falhas de caráter, a questão é se, durante a sua trajetória, ela permite que Deus ajuste o seu caráter ao dele.

Abraão foi um líder que obedeceu a Deus, deixando tudo para trás por causa de uma visão do Senhor. No entanto...

Ele foi um homem que entregou sua esposa duas vezes para outro homem, mentiu, (Gn 12.10-20; 20 1-7) aceitou gerar um filho com uma serva de sua esposa, (Gn16.1-2) e ainda teve de ouvir de um ímpio que ele era um mentiroso (Gn 21.23).

O episódio da morte de Sara mostra os ajustes que Deus havia feito no caráter de Abraão. Havia algumas falhas no caráter de Abraão que foram sendo corrigidas com o tempo.

Depois que Abraão foi chamado de mentiroso por Abimeleque, na negociação dos poços de água, (Gn 21:25) a bíblia não menciona nenhuma fraqueza do seu caráter.

Ao contrário, Abraão faz questão de comprar o terreno para enterrar sua esposa. (Gn 24:4-20).

1. Temos que aprender a firmeza de caráter na adversidade.

"Abraão desceu ao Egito". Ás vezes tomamos decisões erradas pressionados pelas adversidades. Abraão estava vivendo uma situação geral difícil. Seus problemas incluíam uma esposa estéril, a separação de seus parentes, e ainda uma terra seca que não produzia nada. A Bíblia diz em Pv 14:12. "Há caminhos que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte".


Abraão precisava manter-se fiel à direção divina para que as coisas dessem certo e, infelizmente, não conseguiu mediante o medo. È sempre perigoso quando sentimos medo sairmos da direção divina e passarmos a dirigir a nossa própria vida. O caminho para o Egito é sempre ilusório e termina em frustração.

As conseqüências foram às seguintes:

1. O Faraó repreende Abraão.

2. O profeta Abraão é forçado a ouvir Deus através de Abimeleque - ou seja, neste contexto, Abimeleque é o profeta para com Abraão, e não o contrário.

3. Enquanto Abraão esteve fora da vontade de Deus e em terra estranha, não conseguiu construir nenhum altar ao Senhor, como fizera antes. A Bíblia declara que o "ministério da fé é guardado em uma pura consciência".( Hb 10:22)

4. O “outro” recebeu as conseqüências do caráter de Abraão. (Gn 20:3,17-18).

5. Uma família desajustada.

O líder cristão também tem conseqüências em sua vida quando possui traços negativos em seu caráter.

Quais os caminhos de aprendizagem que precisamos trilhar para que o nosso caráter seja aprovado por Deus?

Entre outros penso que quatro caminhos:

1. Temos que aprender que o caráter nos leva à devoção e a devoção cria em nós o caráter.

O caráter nos leva à devoção e a devoção cria em nós o caráter

Quando vivemos um tempo de devoção, estamos nos aproximando de Deus e neste ato o nosso caráter vai sendo trabalhado. Em João 15:5, Jesus diz: “sem mim, nada podeis fazer”. Deus disse assim para Abraão: “anda na minha presença e sê perfeito”. Ele não disse “sê perfeito e anda na minha presença”.

Creio que na medida que vamos andando com Deus, Ele vai moldando o nosso caráter, transformando a nossa vida. Mas não creio que é pelo fato de termos um bom caráter é que temos também necessariamente uma boa vida devocional, mas é certo que quando temos uma boa vida devocional, temos um bom caráter. Falo de uma vida devocional que não seja só de oração e leitura da Palavra, mas, de fato, uma vida de andar com Deus. A Bíblia diz que Enoque andou com Deus... E alguém anda com Deus não porque é perfeito, mas para que possa vir a ser perfeito. Ficamos melhor quanto mais andamos com Deus... A vida cristã não é algo que vem fabricado. O caráter vai sendo trabalhado dia a dia, é um processo.

2. Temos que aprender que o caráter somente é transformado plenamente em Cristo Jesus.

É somente na pessoa de Cristo, que mensagem cristã e vida se fundem numa plena perfeição. Nele habita, verbaliza-se e manifesta-se toda a plenitude do caráter divino (Cl 2.9). Em Cristo o quer e o efetuar se harmonizam e agem através de ações concretas que demonstram verdadeiramente os princípios de Deus. Moody disse que “caráter é o que o homem é na obscuridade”. Por isso necessitamos do sangue de Jesus em nossas vidas.

3. Temos que aprender que não há atalhos para o forjar do caráter de Deus em nossas vida e ministério.

Abraão foi surpreendido pela fome, supondo que o caminho de Deus não incluísse a adversidade. Mas Abraão teve que aprender que Deus designa os testes da vida para desenvolver nossa fé, não para destruí-la.

Em minha opinião, deixar Canaã para ir para o Egito foi uma tentativa de Abraão de encurtar o teste da fome. Deus forçou Abraão a enfrentar Faraó em lugar da fome. Mas, além disso, precisamos ver que, no final, Abraão teve que voltar ao lugar de onde se afastou da palavra revelada de Deus. O último ato de fé e obediência de Abrão foi no altar que ele construiu entre Betel e Ai.

Nós podemos desviar do caminho para o qual Deus nos chamou a andar? Podemos, é claro, mas o caminho nunca será fácil. E, no final das contas, precisamos retornar àquele que deixamos de lado. Não podemos destruir os propósitos e planos de Deus para a nossa vida.

4. Temos que aprender a pedir perdão pelos pecados formados por um caráter distante da vontade de Deus.

Precisamos confessar as fraquezas de nosso caráter. Fred Smith em seu livro O Impacto da Liderança com Integridade diz o seguinte: "A confissão clareia e limpa nosso caráter" (pág 50). E isso certamente deve acontecer em nossas vidas. O caráter de um líder cristão deve ser puro e a pureza vem sempre com a transparência. Devemos lembrar que quando confessamos o que há de errado em nós somos obedientes e a obediência constrói o caráter de uma pessoa de Deus. Quando alguém possui um coração arrependido sinceramente diante de Deus isso faz com que ele caia no erro e fique preso no pecado.

Quero terminar esta palestra com uma frase: "O caráter não pode ser desenvolvido na calma e tranquilidade. Somente através da experiência de tentativas e sofrimentos a alma consegue ser fortalecida, a visão clareada, a ambição inspirada e o sucesso alcançado." Helen Keller.