26 de outubro de 2009
O QUE É MAIS IMPORTANTE UM LÍDER SABER?
SOMAR OU MULTIPLICAR?
19 de outubro de 2009
TRABALHO EM EQUIPE
Correu ao curral da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa! Há uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi então até o porco e lhe disse:
- Sr. Porco, há uma ratoeira na casa, uma ratoeira…
O porco disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca.
A vaca lhe disse:
- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo?
- Acho que não Sra. Vaca… respondeu o rato.
Então o rato voltou para seu canto, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro sozinho.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher.
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital era grave porém por um milagre se recuperou e voltou para casa mas com muitos cuidados, abalada, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente princi pal, a galinha.
Como a doença da mulher continuava, os parentes, amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher se recuperou e o fazendeiro feliz da vida resolveu da uma festa, matou a vaca para o churrasco…
MORAL DA HISTÓRIA:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando existir uma ratoeira todos correm risco.
“Quando convivemos em equipe, o problema de um, é um problema de todos”.
16 de outubro de 2009
AS 10 CARACTERISTICAS DE GRANDES LIDERES
Muita gente acha que para ser um grande líder é preciso nascer com as características certas. Mas muitos estudos já foram feitos e provam o contrário: liderança pode ser aprendida!
Algumas pessoas têm, sim, mais facilidade e agem naturalmente da maneira certa. Outras precisam de um pouco mais de estudo e prática, mas são capazes de alcançar o sucesso em um cargo de liderança.
Quando falamos de liderança, uma coisa é certa: é preciso agir da maneira correta para inspirar, motivar e conseguir os melhores resultados da sua equipe. E para isso é preciso que você esteja constantemente aprimorando suas habilidades de líder.
Leia as dez características de um grande líder, identificadas por Brian Azar. Quantas delas você já tem desenvolvidas? Quantas ainda precisam de uma atenção especial? Lembre-se: para uma organização ter resultados excepcionais, é preciso ter líderes excepcionais que construam equipes também excepcionais.
1. GRANDES LÍDERES COMETEM ERROS E SE RESPONSABILIZAM POR ELE
Ser um grande líder não significa que você não possa cometer erros. Mas sim que você precisa se responsabilizar por eles e rapidamente começar a resolvê-los (ao invés de culpar o primeiro que aparece). Além disso, um grande líder aprende constantemente com esses erros, garantindo que não aconteçam novamente, atrasando a evolução da empresa.
2. GRANDES LÍDERES CONSEGUEM FICAR “NEUTROS”
Grandes líderes aprendem a ter controle sobre suas emoções, principalmente de nervosismo. Eles não passam insegurança, não intimidam e não tentam controlar os outros. Pelo contrário: agem como pacificadores e neutralizadores. Ao invés de aguçar, acalmam e tranquilizam.
3. GRANDES LÍDERES NÃO EXTERNALIZAM SEUS PROBLEMAS
Um líder comum, muitas vezes, estressa sua equipe com os seus problemas. Um exemplo típico: os diretores da empresa se reúnem com os gerentes para expor uma situação financeira difícil e pedem colaboração. Muitos líderes voltam correndo para as suas salas e na primeira oportunidade, reúnem a equipe para dizer que a empresa irá passar por um momento difícil, para todos se prepararem para a crise. Como você espera que a equipe trabalhe de uma maneira melhor depois disso? Grandes líderes não expõem todos os problemas (nem da empresa, nem os pessoais) para suas equipes. Muito pelo contrário. É quase que um trabalho de pai e mãe: eles tentam poupar emoções negativas e deixar os problemas de lado. A equipe deve estar focada em vender mais, em produzir melhores resultados. Deve estar focada em soluções, e não em problemas.
4. GRANDES LÍDERES TÊM NÍVEIS ALTOS DE PACIÊNCIA E COMPREENSÃO
Grandes líderes permitem que os outros sejam expressivos em suas opiniões e voltados para desafios e oportunidades. Eles sabem que isso ajuda a manter a diversão e a paixão de seus funcionários pelo trabalho. Grandes líderes não estão ocupados demais para ouvir sua equipe. E sabem entender as necessidades, desejos e expectativas de cada um.
5. GRANDES LÍDERES PRODUZEM GRANDES LÍDERES
Líderes excelentes não se sentem ameaçados sem ter o poder e o controle total de uma situação. Eles sabem que não têm a resposta para tudo e nem precisam ter. Eles sabem como construir e incentivar outros líderes sem medo da competição ou da perda de controle. Excelentes profissionais não temem que seus lugares sejam ocupados, pois sabem que há espaço para mais gente excelente. E quanto mais melhor, pois todo mundo ganha.
6. GRANDES LÍDERES DELEGAM E SABEM QUANDO “SOLTAR”
Grandes líderes se rodeiam de pessoas que têm talentos diferentes, habilidades, estilos de comunicação e diferentes jeitos de pensar. Essas diferenças incentivam a liberdade de expressão, a criatividade, a diversidade e a mudança.
7. GRANDES LÍDERES TÊM UM ALTO SENSO DE PROPÓSITO
Eles realmente querem incentivar e servir, ao invés de controlar e mandar nos outros. Eles acreditam em um ambiente de trabalho feliz, saudável e produtivo, onde possam ser um recurso valioso capaz de fazer outros profissionais crescerem, e se tornarem o melhor que eles podem ser.
8. GRANDES LÍDERES RECONHECEM E ACONSELHAM SEUS LIDERADOS
CONSTANTEMENTE
Grandes líderes dedicam tempo para conversar individualmente com cada membro de sua equipe. Não somente sobre as funções a serem bem desempenhadas, mas também sobre quem eles são e como ajudam uns aos outros dentro da empresa. Grandes líderes sabem o valor e os benefícios de reconhecer sua equipe de diferentes maneiras.
9. GRANDES LÍDERES TÊM INTELIGENCIA EMOCIONAL
Grandes líderes conhecem a personalidade e as habilidades necessárias para liderar, inspirar, treinar e dirigir as pessoas e suas empresas para o próximo nível. Eles usam inteligência emocional que permite serem assertivos e conseguirem seus objetivos de maneira mais eficiente.
10. GRANDES LÍDERES SÃO AUTÊNTICOS E HONESTOS
Grandes líderes sabem o impacto e o valor da honestidade e da autenticidade. Eles estão 100% envolvidos com coração, mente e alma. Eles querem fazer uma diferença positiva com sua equipe, sua empresa, seus clientes, seus produtos etc. Eles acreditam em parcerias e alianças com alta qualidade, excelentes pessoas trabalhando juntas para criar relações “ganha-ganha”.
Veja que para ser um grande líder, não é preciso grandes atos de heroísmo. Nem é preciso mágica ou milagres. Basta que você esteja comprometido com você, com sua profissão, com sua equipe e com sua empresa. E que seu objetivo seja, acima de tudo, ajudar cada um a ser melhor.
Com estas 10 características, você pode agora analisar quais precisam ser mais desenvolvidas. Lembre-se: o poder de ser um grande líder está, acima de tudo, em suas mãos.
Inteligência Espiritual e a essência da liderança
No Evangelho de Mateus, no Novo Testamento, Jesus faz uma declaração definitiva sobre liderança. A passagem foi interpretada de várias maneiras, mas o princípio fundamental é que qualquer que aspire a liderança deve ser o primeiro a servir.
Parece apenas discurso religioso, principalmente porque vivemos num mundo onde o foco é o poder, é estar no comando, é ter o controle. Que história é essa de servir? Afinal de contas, nos últimos 15 anos muitos de nós tem trabalhado para deixar seus chefes felizes. Agora que nos tornamos "chefes" vamos continuar servindo?
O pensador Max Weber tem idéias interessantes sobre a diferença entre poder e autoridade. Se você não for capaz de perceber essa diferença, nunca vai compreender o que Jesus estava querendo dizer. Até porque Jesus nunca possuiu poder. César, Napoleão, Georg Busch, Papa, essas pessoas têm poder.
Jesus falava a respeito de liderar, não através do poder, mas sim através da autoridade. Agora, se alguém quer liderar a partir da autoridade, precisa servir, se sacrificar, procurar o bem-estar dos seus liderados.
Martin Luther King Jr. reconheceu esse princípio: "Você não precisa ter um diploma de faculdade para servir. Não é fundamental conhecer a segunda lei da termodinâmica na física para servir. Só precisa ter um coração generoso e uma alma movida pelo amor".
15 de outubro de 2009
LIDERANÇA NO REINO
Texto Base: “Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12:8).
Deus criou o ser humano e o capacitou para cuidar da sua criação. Ele deu ao homem o domínio sobre a natureza (Gn 1:28). E também lhe deu a ordem para se multiplicar e encher a terra com seus descendentes. Os filhos e os filhos dos filhos de Adão e Eva seriam capazes de cumprir o propósito para o qual foram criados. Nem todos fariam as mesmas coisas. Abel foi pastor de ovelhas, ao passo que Caim foi agricultor.
Todos nós somos capacitados com diferentes dons e talentos especiais para o desempenho de nossa missão como pessoas. Quando somos salvos e começamos a fazer parte do Reino de Deus, percebemos que temos também uma missão a cumprir. Temos uma carreira a percorrer (II Tm 4:7, Fp 3:14, Hb 12:1, Ap 2:10).
Liderança no Reino de Deus
Jesus nos mostra a sua absoluta liderança na igreja. Ele diz: “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.” (Mt 23:8-9).
Todos são importantes no Reino de Deus. Todos nós somos iguais no Reino de Deus: somos “o seu povo, o rebanho do seu pastoreio” (Sl 100:3). Isto significa que somos “ovelhas” e que o nosso supremo pastor é Jesus Cristo. No rebanho existem as “ovelhas-guia”, elas são obedientes ao Pastor e levam no pescoço um “sininho” que vai soando à medida que elas caminham. As outras ovelhas vão seguindo a ovelha-guia, que, por sua vez, está seguindo o Pastor (I Co 4:16, 11:1, Ef 5:1, I Ts 1:6, Hb 6:12).
Deus mesmo é quem põe esse “sininho” no pescoço de certas ovelhas para que sejam “ovelhas-guia”, mostrando às outras companheiras a presença e orientação do Pastor. Esta escolha do Senhor traz grandes responsabilidades, pois são “vidas” que estão em cena (Tg 3:1). Ele escolhe uns para serem líderes (ovelhas-guia) segundo a sua vontade (Ef 4:11).
O Espírito Santo e o dom da liderança
É o Espírito Santo o doador dos dons espirituais. Ele nos capacita com diferentes dons para o exercício de nossa função no Corpo de Cristo, a Igreja (I Co 12:4-27; Ef 4:1-16). E Ele os distribui, segundo lhe apraz. Pois sabemos que cada dom é exercido para um fim proveitoso: para o crescimento equilibrado da Igreja, ou para o aperfeiçoamento do Corpo de Cristo (Ef 4:1-16, v. 15).
Entre os dons espirituais encontramos o de “liderança”. Veja o que Paulo nos ensina sobre os dons na sua lista da Carta aos Romanos (Rm 12:1-8):
“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12:4-8).
A responsabilidade dos líderes
A recomendação do apóstolo Paulo é que o líder seja diligente no que faz. Que seja cuidadoso em exercer o seu dom. Que faça o melhor que puder (com capricho e zelo), pois as ovelhas são do Senhor (At 20:28), foram compradas pelo precioso sangue de Jesus.
É preciso que o líder esteja “afinado com a vontade de Deus” para conduzir da maneira correta o rebanho (Tt 1:5-11). As mulheres também podem exercer liderança e ensinar às mais jovens (Tt 2:3-6). Paulo exorta Tito para que ele seja modelo para os jovens (Tt 2:7-8), e fala como os servos, ou os “escravos cristãos”, deveriam se comportar diante de seus senhores (Tt 2:9-14).
A liderança não envolve somente pastores, mas também os líderes de células, ou qualquer liderança na igreja do Senhor. Na família, por exemplo, os pais devem ser “modelos” para os filhos. Eles têm esse “sininho” em seu pescoço para mostrar o caminho para os seus filhos. No seu caminhar, estarão dando as coordenadas para seus filhos e sua descendência… Como é sério pensar nessa responsabilidade! Como você, querido irmão, tem exercido o seu ministério como “pai”? Como “ovelha-guia” de seus filhos?
O líder não pode errar, pois isto seria fatal para as ovelhas que o seguem. Por isso Jesus falou acerca dos escândalos: “E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem” (Lc 17:1)!
Liderança e humildade
Jesus é o nosso modelo de vida (Hb 12:2). Ele cumpriu fielmente sua missão glorificando o Pai na terra (Jo 17:4). Ele não buscou a própria glória, mas exaltou o Pai e fez a sua vontade (Jo 4:34).
Ele nos ensinou a tomar sobre nós o seu jugo e aprender com Ele a mansidão e a humildade (Mt 11:28-30). Aprender a liderar sabiamente é aprender a depender do Senhor e a confiar em sua direção para nossas vidas. Isto é aprender a humildade.
O verdadeiro líder sabe que depende totalmente do Senhor. Como ovelha-guia do seu rebanho, o líder precisa discernir a voz de Jesus. Conhecê-la bem e obedecer sempre (Jo10:4). Esta obediência faz da humildade a mais importante virtude do crente. E somente através do exercício da humildade é que se pode encontrar o verdadeiro “descanso” para a alma (Mt 11:29).
Jesus lavou os pés dos discípulos na noite em que foi traído. Eram as suas últimas horas de comunhão com eles antes da cruz… Ele usou estes momentos finais para mostrar-lhes a sua grande tarefa: servir uns aos outros com amor e humildade (Jo 13:3-17). Esse momento descrito por João nos informa que: “Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se.” (Jo 13:3-4).
João nos mostra que Jesus tinha consciência que o Pai tinha colocado “todas as coisas em suas mãos”. Ele era o líder. Ele havia recebido do Pai tudo. Jesus poderia dizer que desejava ser servido. Que os discípulos deveriam lavar os seus pés, pois Ele era o Senhor deles e de todas as coisas. Entretanto Jesus mostrou que o maior é o que mais serve… Ele se cingiu com uma toalha e, como um “serviçal” ou um “simples escravo”, Ele lavou os pés sujos dos discípulos… Que tremendo exemplo de humildade! Que lição tremenda para tantos que almejam os primeiros lugares, mas não sabem servir… (Mc 10:35-45).
Para refletir:
Sobre seu chamado: Se você foi chamado para liderar uma célula, o que está esperando? Comece a se preparar para esta tão maravilhosa tarefa.
Se você já é um líder de célula, faça sua tarefa com esmero e diligência. O Senhor está avaliando a sua fidelidade, não se esqueça. E Ele não fica como devedor de ninguém, pelo contrário, reserva o seu galardão consigo para os fiéis.
Sobre a liderança no lar: Lembre-se que você deve ser modelo para os seus filhos. Para onde você os está conduzindo? Você tem glorificado o Senhor Jesus em seu lar?
Desafios para a semana: ore pelo líder de sua célula e pelos irmãos que lideram na igreja do Senhor. Ore pelos pastores da igreja e manifeste seu amor por eles.
12 de outubro de 2009
PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA EFICAZ
11 de outubro de 2009
LIDERANÇA O QUE É?
Os leões são predadores naturais e instintivos. São caçadores instintivos que começam a caça aos três meses de idades. Contudo, o leão não nasce sabendo. Apenas após uma experiência fracassada, seguida por outro experiência também fracassada é que ele se torna apto para caçar. Isso é interessante: eles não se tornam experts na caça até que alcançam os 02 anos de idade. Pense nisso. Eles são caçadores naturais e instintivos, mas tem que praticar vez após vez, até desenvolver a habilidade da caça.
IDENTIDADE DO LÍDER
1Reis 19:15-21 e 2Reis 2: 1-14
Todo e qualquer empreendimento humano, para ser bem-sucedido e obter êxito, necessita de liderança eficaz que, de forma competente, conduza seus liderados à conquista dos objetivos traçados. Por essa razão, os que se destacam em suas áreas de atuação se tornam respeitados e requisitados. No mundo da pós-modernidade existe uma demanda muito forte por este tipo de pessoa que aprendemos denominar de LÍDER. Como poderíamos definir um líder?
Houaiss, em seu dicionário, nos oferece uma boa definição: Líderes são aquelas pessoas cujas ações ou palavras exercem influência sobre o pensamento e o comportamento de outras pessoas.
Deus, em sua soberania e por seu conhecimento de todas as coisas, sempre proveu a seu povo de homens e mulheres que se destacaram como líderes eficientes. Alguém disse com muita propriedade que “líderes não nascem prontos e sim são formados”.
Sobre este importante assunto gostaria de que, com base no ministério do profeta Eliseu, aprendêssemos como Deus forma um líder.
Eliseu foi um homem de muitas façanhas em seu rico e poderoso ministério. Mas, ao observar seu ministério, o que mais me chama a atenção é o seu tempo de aprendizado.
Vejamos um pouco de história: Elias foi um profeta de Deus em Israel no século IX aC. Em dado momento, em seu ministério, o Senhor determinou a ele que ungisse a Hazael como rei da Síria, a Jeú como rei em Israel e a Eliseu como profeta em seu lugar.
Ungir tem um sentido especial na Bíblia, significando separar para o serviço de Deus.
Ao determinar a unção de Eliseu, Deus deu início a um processo em sua vida que culminaria em seu ministério profético.
A grande lição que podemos tirar para nós deste episódio é que tudo tem um começo, um meio e um fim.
Tudo começa com o chamado de Deus. A isso temos denominado de vocação. Deus é a fonte de toda chamada à liderança no meio do seu povo. Foi Deus quem tomou a iniciativa de mandar ungir Eliseu.
A seguir, o chamado é revelado por um agente, que poderá ser o Espírito Santo, uma palavra profética, uma experiência sobrenatural, um fato, um despertamento espiritual ou uma escolha por parte de uma autoridade espiritual, como no caso de Elias a Eliseu. Eliseu recebeu o chamado através do profeta Elias (v.19). Elias foi o agente.
O chamado do líder tem duas fases:
A instantânea – É o que nós chamamos de revelação do chamado de Deus. Foi a ação de Elias em relação a Eliseu ao colocar em seus ombros a capa de profeta que só seria efetivamente sua onze anos mais tarde.
A progressiva – É o período que vai da chamada até o ministério profético.
O processo da formação passa por três estágios:
Desafio – Eliseu foi desafiado por Elias a servir a Deus. Apesar do contato com o profeta Elias, Eliseu não seria obrigado a se desvencilhar de tudo para seguir o chamado de Deus.
A opção – Deus conscientizou a Eliseu através do toque da capa de Elias. Ocorre aqui o que chamamos de batalha. Essa “batalha” acontece na mente daquele que recebe uma comissão para o trabalho de Deus. É uma fase muito importante, pois do resultado desta virá a decisão por aceitar ou não o chamado de Deus.
A decisão – O chamado vai implicar em profundas mudanças na vida, exigindo uma “decisão”, que é a opção de assumir o compromisso de se colocar à disposição para a atuação o Espírito Santo na condução do processo de formação do caráter do líder.
Deus forma a identidade do líder – A formação da nova identidade é um aspecto tão importante ou ainda mais que a própria vocação.
Eliseu era lavrador e cuidava de bois (v.19) – Essa era a sua identidade. Para entendermos um pouco melhor basta fazer uma experiência. Todas as vezes que lhe perguntavam sobre seu oficio ele respondia: lavrador e boiadeiro. Conosco também é assim: para se saber a nossa verdadeira identidade basta responder esta simples pergunta. Na mente de Eliseu só havia terra e boi.
A atitude em relação à formação da nova identidade é determinante na chamada do líder: ela acelera ou retarda a geração da nova identidade. (Mt 8:19-22)
Eliseu adiantou seu processo quando abriu mão dos instrumentos que o ligavam à sua velha identidade, ficando assim mais fácil a assimilação de seu chamado profético que, a partir de então, seria sua nova identidade.
Vamos observar um exemplo: Davi e Saul. Ambos tinham a unção de rei, mas Saul foi reprovado. A diferença é que, enquanto Saul só conseguia pensar em si, sua posição, seu reino e prestígio perante os homens, o coração de Davi sempre se inclinou para Deus.
Eliseu serviu Elias não para tomar o lugar do profeta e sim buscou a mesma unção ministerial. A isto chamamos de caminhar juntos.
Eliseu tomou Elias por seu referencial de vida e de liderança, buscando aprender o caminho para ser um profeta de Deus e, para isto, não deixava Elias nem de dia nem de noite. Ele compreendeu que não havia como ser profeta sem a unção de profeta, v.9, 10.
Eliseu estava resolvido aguardar o seu tempo e, para isso, perseverou em servir a Elias até a ocasião própria de receber das mãos do próprio Elias a capa de autoridade ministerial. Aprendeu a servir dentro do objetivo, sem ultrapassar o limite de Deus em sua vida e, com isso:
Eliseu obteve a unção ministerial por mérito, pois cumpriu o propósito do seu chamado.
Recebeu a unção e o ministério profético ao ver o profeta subir aos céus e acolher seu manto como credencial de Deus para sua vida, assim vencendo o desafio de esperar o seu tempo e o tempo de Deus para si. Como conseqüência, tornou-se um líder reconhecido e de êxito.
Conclusão
Diante do que vimos, podemos fazer algumas afirmações:
A chamada de Deus não tem limites de cumprimento na vida do homem de Deus.
Se quisermos ter êxito como liderança na casa de Deus, necessitamos da formação da identidade de líder e da unção para o ministério.
A resposta para os dias atuais está em um compromisso com o chamado de Deus, a confiança em nós depositada e uma constante busca de fidelidade ao nosso chamado, esperando que se cumpra, para as nossas vidas, o tempo de Deus.
EXEMPLO DE LIDERANÇA PARA NOSSOS DIAS
O PESO DA LIDERANÇA
- Liderar, na mentalidade secular é comandar.
- Liderar, no âmbito cristão é servir.
“Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; e qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” - Marcos 10.42-45
O líder cristão precisa cultivar uma postura de responsabilidade e dever.
- Na fidelidade àqueles a quem irá ministrar, quer seja numa igreja ou outra organização;
- Na persistência na visão que lhe foi confiada;
- Na viabilização de projetos que promovam a continuidade do que se propõe a realizar;
- Na capacitação e motivação do grupo ou equipe que está ao seu dispor;
- Na criação, execução e manutenção de projetos que visem o permanente bem estar da obra que lhe foi confiada;
- Na reciclagem e aprimoramento de suas próprias habilidades e conhecimento para que não caia no marasmo;
- Na defesa dos interesses que envolvam o grupo sob sua liderança;
- Na busca de soluções para os problemas mais difíceis e nas tarefas mais complexas.
- No descobrimento de novos líderes que possam dar continuidade ao trabalho por ele iniciado.